- Chega a noite, cansada do dia chorado, e aquele que dorme na pensão das estrelas, aconchega o resto no saco das angústias. Tem na cabeça um livro ressequido pelo tempo que ousou estar. Estende o olhar na passadeira dos anos, aguarda a canção que o embala, e pousa as mãos na forma da solidão habitual, como se aquilo que ainda o engana, fosse a mais santificada das indiferenças. A realidade, não a sua, continua a sangrar a vontade que lhe roubaram. Os verbos foram passando, ignóbeis, trapaceiros, ofendendo a sua dignidade em todos os momentos possíveis. Tem calma, dizem-lhe todos os anúncios ejaculados no céu, que ele há tantas lágrimas, se recusa a mirar. Devagar, como sempre, cerra os pulsos, aperta a alma, e, chora como se fosse ontem, os mesmos sonhos.
- Espera o conforto das palavras que não o atraiçoaram, e logo que acorde continuará, como de costume, a espalhar os seus poemas para os pássaros que prezam a sua companhia.
- Molha a cara no rio bolorento, alisa a pele no sabão retardado, afinal tão fora de prazo como a sua existência. Nada há para roubar na caixa das esmolas. Sorrindo para si próprio, esmaga ainda mais o cinto, Olha-o bem nos olhos: não conseguiste fazer de mim mais um pedinte.
- Cansado de ser abusado, murcha os perfumes da pena malcheirosa. Volta ao rio, que lhe oferece o espelho que aquece a despedida. Passa o tempo, não sabe que sorriso esperar, chega a hora ( de todos os momentos que tanto custam a passar.
- Os ritmos da solidão depositam-lhe nos ossos os venenos que o acalmam. Navega no seu olhar fragâncias low-cost, oferecidas por um call-center que só o quer maquilhar.
- Aquece o nojo numa lamparina curiosa, retira a espoleta, tenta o mais longo arremesso, retrai o medo, chora mais um segredo no maior dos optimismos. Voa baixo para não ferir o planar dos pássaros magoados pelo desgosto, encosta-se à berma, abranda a estrada, rasteja a ficção naquele mar de paintball, alegra as tiras, e, estruge as mentiras no molho que o vai empobrecendo.
- Aqui, não é lugar nenhum.
- Espera o conforto das palavras que não o atraiçoaram, e logo que acorde continuará, como de costume, a espalhar os seus poemas para os pássaros que prezam a sua companhia.
- Molha a cara no rio bolorento, alisa a pele no sabão retardado, afinal tão fora de prazo como a sua existência. Nada há para roubar na caixa das esmolas. Sorrindo para si próprio, esmaga ainda mais o cinto, Olha-o bem nos olhos: não conseguiste fazer de mim mais um pedinte.
- Cansado de ser abusado, murcha os perfumes da pena malcheirosa. Volta ao rio, que lhe oferece o espelho que aquece a despedida. Passa o tempo, não sabe que sorriso esperar, chega a hora ( de todos os momentos que tanto custam a passar.
- Os ritmos da solidão depositam-lhe nos ossos os venenos que o acalmam. Navega no seu olhar fragâncias low-cost, oferecidas por um call-center que só o quer maquilhar.
- Aquece o nojo numa lamparina curiosa, retira a espoleta, tenta o mais longo arremesso, retrai o medo, chora mais um segredo no maior dos optimismos. Voa baixo para não ferir o planar dos pássaros magoados pelo desgosto, encosta-se à berma, abranda a estrada, rasteja a ficção naquele mar de paintball, alegra as tiras, e, estruge as mentiras no molho que o vai empobrecendo.
- Aqui, não é lugar nenhum.
Sem comentários:
Enviar um comentário