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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022
domingo, 30 de janeiro de 2022
sexta-feira, 28 de janeiro de 2022
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
Parabéns, Ana Gomes da Costa
POEMA PARA A MINHA MULHER
Ensaiava no abrir das pregas da tua saia o voo do ícaro. Então deixava de pensar o medo que me assustava e voava, voava... Porque tinha o mais seguro dos pára-quedas: o teu sorriso. Escorríamos o vinho nos nossos corpos e ambos sabíamos que o néctar que nos molha iria inundar os sonhos que iam acontecendo. Era a mais linda, aquela estrela da tarde que findava a sua luz, para que a lua pudesse assim apreciar a urgência da nossa paixão, aberta em lençóis com a fragrância do nosso amor. No gira discos um LP rodava, mesmo sabendo que só ouvíamos a primeira canção
Felizes os que amam assim.
Prazer em conhecer-te!
.aNTÓNIODEmIRANDA
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
OFERTA INDECENTE
Tenho um relógio
que não confia em mim.
Oferece-me anos,
para mais tarde,
me matar.
,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA
sexta-feira, 21 de janeiro de 2022
SIM!
Sim!
Sim!
Tudo é sangue nas palavras
que nos banham.
Sal escrito nos versos,
acenos magoados
correm para a alma
da solidão.
Sim!
Obedecer,
procurar fingir não sofrer,
e, embrulhar o futuro,
na habitual covardia.
A ilusão é um verbo manhoso,
mostrando o convite mafioso,
para a vida liquidada com créditos
malparados.
É esta, a única sensatez
da nossa impossibilidade.
Oferecem-nos refugos para tudo!
Há que desconfiar de tanta
deficiência.
Sim!
Há sempre um sim,
vergonhosamente escondido,
à espera do fim.
Sim!
Tudo é sangue nas palavras
que nos banham.
Sal escrito nos versos,
acenos magoados
correm para a alma
da solidão.
Sim!
Obedecer,
procurar fingir não sofrer,
e, embrulhar o futuro,
na habitual covardia.
A ilusão é um verbo manhoso,
mostrando o convite mafioso,
para a vida liquidada com créditos
malparados.
É esta, a única sensatez
da nossa impossibilidade.
Oferecem-nos refugos para tudo!
Há que desconfiar de tanta
deficiência.
Sim!
Há sempre um sim,
vergonhosamente escondido,
à espera do fim.
,2020Jan_aNTÓNIODEmIRANDA
FILHO
Filho é aquele que nasce da mãe e do pai.
Se você quer ser mais do que isso,
abandone essa ideia.
,2018jan_aNTÓNIODEmIRANDA
CIÁTICA (Foto de Fábio Mendes)
Não minto quando te digo que dezembro é uma estação fria e o inverno é um mês com demasiada solidão.
Dirás então, que o calendário continua errado, e, as flores que florescem na primavera, aparecem em postais compulsivamente mentirosos.
É este o tempo moderno, condicionado por um ar vendido em ampolas com sabor a ciática.
Os antigos ficam confusos com esta falta de lealdade.
Queimam a saudade saltando fogueiras onde ardem memórias, até então religiosamente guardadas.
É chegada a hora de bebermos desconfiadamente o chão das cinzas.
Haveremos de ilustrar outros postais.
É chegada a hora de bebermos desconfiadamente o chão das cinzas.
Haveremos de ilustrar outros postais.
aNTÓNIODEmIRANDA
quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
domingo, 16 de janeiro de 2022
CORAÇÃO MALTRAPILHO
Memórias que perco com o gastar do tempo,
lágrimas que fogem na pressa violenta,
escondidas na sarapilheira que conforta
a secagem dos anos.
Na cama que me inquieta,
tento arrumar sorrisos,
lágrimas que fogem na pressa violenta,
escondidas na sarapilheira que conforta
a secagem dos anos.
Na cama que me inquieta,
tento arrumar sorrisos,
calafetar abraços,
e no logro habitual,
e no logro habitual,
passo na pele um bálsamo
supostamente milagreiro
supostamente milagreiro
para acalmar a nostalgia.
Escrevo na timidez das palavras,
aquilo que me apetece fazer.
Gravo no chão prenhe de sombras,
um olhar sem validade, q
ue sacode um adeus sacana,
sempre pronto a iludir-me.
Paro na nuvem aflita,
com o respirar que lhe ofereço.
Não sei tanto assim do desespero,
das virtudes que ele possa prestar.
Nada conheço das tendências da felicidade,
dos sonhos com ida e volta,
Escrevo na timidez das palavras,
aquilo que me apetece fazer.
Gravo no chão prenhe de sombras,
um olhar sem validade, q
ue sacode um adeus sacana,
sempre pronto a iludir-me.
Paro na nuvem aflita,
com o respirar que lhe ofereço.
Não sei tanto assim do desespero,
das virtudes que ele possa prestar.
Nada conheço das tendências da felicidade,
dos sonhos com ida e volta,
do jejum magnânimo
que só me enjoa.
Coração maltrapilho,
infiel amigo das imprecações que costumo rezar:
que só me enjoa.
Coração maltrapilho,
infiel amigo das imprecações que costumo rezar:
NÃO CHORES POR MIM.
,2019Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
COVAITE (69)
Então dizia ela assim:
Já tenho saudades dos nossos grandes
Linguados!
Pois…Pois…
Mas olha que este
Chouriço
Também não é nada
Mau!
,2021Jan_aNTÓNIODEmIRANDA
sábado, 15 de janeiro de 2022
EU QUE ERA BONITO
Se algo de mim se vendesse,
mesmo que não me apetecesse,
eu que era tão bonito
e já me não quero,
comprava o que de mim vai faltando,
eu que era tão bonito
e já me não quero.
Se algo de mim acontecesse,
talvez alguma luz se acendesse,
eu que era bonito
e agora desespero,
comprava não com dinheiro
o que de mim ficou a meio.
Eu que pensei bonito
estar perdido neste ser aflito,
se algo de mim ficasse,
nesta alma de trespasse
fintada pela minha sombra,
talvez depois ousasse
voltar ao que de mim restasse,
e depois só beijar o adeus
de todos os caminhos
escritos pelo tempo que passasse.
Eu que era tão bonito
e já me não quero.
mesmo que não me apetecesse,
eu que era tão bonito
e já me não quero,
comprava o que de mim vai faltando,
eu que era tão bonito
e já me não quero.
Se algo de mim acontecesse,
talvez alguma luz se acendesse,
eu que era bonito
e agora desespero,
comprava não com dinheiro
o que de mim ficou a meio.
Eu que pensei bonito
estar perdido neste ser aflito,
se algo de mim ficasse,
nesta alma de trespasse
fintada pela minha sombra,
talvez depois ousasse
voltar ao que de mim restasse,
e depois só beijar o adeus
de todos os caminhos
escritos pelo tempo que passasse.
Eu que era tão bonito
e já me não quero.
2017,jun_aNTÓNIODEmIRANDA
MIGUEL ÁNGEL ASTURIAS. (19 de outubro de 1899, na Cidade da Guatemala | 9 de junho de 1974 )
A questão política foi um dos temas centrais dos intelectuais latino-americanos do séc. XX.
A sua obra representa uma crítica a um regime político, onde o medo, a opressão, a subserviência e o controle ditatorial, estavam sempre presentes.
A sua obra representa uma crítica a um regime político, onde o medo, a opressão, a subserviência e o controle ditatorial, estavam sempre presentes.
Bibliografia
Lendas da Guatemala | O Senhor Presidente | Fim de semana na Guatemala |
América Latina: ensaios | Vento Forte | O Papa Verde | Homens de milho | O Espelho de Lida Sal | Furacão | Tijón Gongón e Outros Escritos
Lendas da Guatemala | O Senhor Presidente | Fim de semana na Guatemala |
América Latina: ensaios | Vento Forte | O Papa Verde | Homens de milho | O Espelho de Lida Sal | Furacão | Tijón Gongón e Outros Escritos
A-MANDA-A-FACA (2)
nunca pensei
que depois de tanta maldade
houvesse
ainda alguma amizade
escondida
na
tua
faca
,2022Jan_aNTÓNIODEmIRANDA
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