Vertem palavras escritas ao contrário,
enquanto fogem da torneira,
as flores do desonesto silêncio,
desenhando silvos de elegante podridão.
Não posso deixar de enfrentar a conversa,
estendida nos vazios de mãos cruzadas,
por onde a avareza mudamente desfila.
Não quero salvar opções,
no salão do mofo da decadência.
Choro a maré que cresce,
e o seu violento verter,
neste enfado traficante de cárceres.
Entregue à sorte,
mergulho na adega dos exageros,
as asas desdobradas da névoa ternurenta.
Transpiro num recurso gritante,
o desaparecimento da sabedoria,
celebrada no gangue das estrelas envergonhadas.
O que nos resta
Depois de separarmos o que não presta?
2019_ fev_aNTÓNIODEmIRANDA
Depois de separarmos o que não presta?
2019_ fev_aNTÓNIODEmIRANDA
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