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quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

#DEZEMBRO E OS OUTROS TEMPOS#_CALIGRAFIA

 





LÁGRIMAS DE MEDOS DIFERENTES

 


Gostaria de dizer que sinto a tua falta.
Mas, 
o aumento do imposto sobre o atrevimento, 
não ajuda mesmo nada.

Esta música, do maníaco adormecer no cemitério 
das flores sangrentas, oferece-me lágrimas 
que rolam nos ombros, beijando fantasmas arrependidos.

A ti, lua desavinda, 
gostava de conhecer a loucura tatuada nos sorrisos 
que colas sempre que me beijas. 

Sonho doce que de ti só imagino o nome, 
no brilho que tarda em acontecer. 

Conforto de lábios indecentes, 
promessa manhosa, sabor de morte 
deitado nos sonhos de cabedal vestidos. 
E o som do violoncelo que racha a alma, 
indiferente à tempestade que navega na minha cabeça?

Brilho Maldito – Som Perverso, 
lembrando o chiar dos cintos 
que pintam na pele o passar destes anos 
feitos de lágrimas de medos diferentes.


,2021Dezembro_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

#DEZEMBRO E OS OUTROS TEMPOS#_ACONTECE

 





O PESTILENTO CHEIRO DA FAMA

 


Somos glorificados 
pelo sofisma 



A nossa soberba 
apodrece 
no prazo indicado na 
posologia






,2024Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

NO TRAVESSEIRO DA VIDA ONDE SE ESCONDEM OS GRITOS DA SOLIDÃO

 


No descontente deitar tento abalar a melancolia mas a solidão encharcada nestes ossos não passa da mais indesejada das companhias. E a revolta que entope as veias não desiste de animar o que farei com as mãos erguidas para o absurdo desejo. Chegam-me as notícias da saudade, como se aquilo que pretendo, fosse a mais traiçoeiras das ambições. Recuso passar o acontecer enfiado num sarcófago à espera da admiração “post mortem”.
Entretanto na almofada da vida possível, tímidas nuvens tentam fugir da nostalgia agitando a bandeira da ofensa. Não há rendição possível.
A consternação repousa na mais impostora indignidade. Banhos de sangue não passam de lamentos tatuados na hipocrisia que domesticamente nos conforta.
QUEM MAIS PODERÁ GOSTAR DE TI? 
(fala do reclame).
Olha a televisão! Comprei-lhe toda a mentira! E não imaginas o quão dourou este falsário. Não penses que sou o único!
Esse é o fatídico erro. (Tão pouco me importa o teu desapontamento). Estou sempre disponível para aplaudir a ingenuidade da fé que tanto te agacha. E agora, que tudo te roubei, poderei então saudar a estima e consideração que por ti nunca terei.

,2024Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com