ON THE ROAD
Poesia. Blues . Arte Moderna e Contemporânea. Encontros.
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segunda-feira, 13 de outubro de 2025
domingo, 12 de outubro de 2025
A ÚLTIMA VOLTA
Deixa algumas memórias estendidas na moldura das saudades. O longe, torna-se assim o lugar de tudo, e o imaginável a realidade possível. Ontem de manhã não foi dia para lembrar. A cama não saiu do deitar e o sonho que me lavou fugiu num absurdo passeio para o manhoso desaparecer. Clandestina nunca foi muitas vezes a sua presença.
avisando atempadamente a presença das dores da esperança mal vindimada.
Toda a gente deveria ter uma história mesmo que fosse a mais fraudulenta das páginas.
Atado neste holocausto, quantos choros terei ainda de sustentar? Haja um anjo de asas subtis que entregue um voar longe do abandono.
Sorridentes “hijabs” encobertos por maliciosos olhares escrevem um “olá” na passadeira das ilusões.
padece na interminável agonia, persignando-se com água benta no grande desastre da humanidade.
sabes tu que não resistirei mesmo que a promessa apareça na espera dos braços caídos. E o lugar que me ofereces nada mais é do que o asilo das agruras repetidas. Deixaste-me sem nunca me abandonares.
Terei sempre um beijo para te esperar, admitindo que as negras lágrimas continuaram a bailar na tua hipocrisia.
é uma traição só porque imaginei que o céu seria um piquenique da “fast-food”.
(Bem cara me saiu esta marosca).
Deverá haver por aí alguém à procura dos sonhos que rasguei. Não tenho outro modo de esconder aquilo que de mim vou esquecendo.
escrevo desejos vividos na ficção que realizamos. Breves sorrisos, instantes coloridos passo a passo num custo aligeirado por cumplicidades impossíveis de rejeitar. Sou como eu e a mais do que isso nunca me obrigarei. O respeito tal como o gostar serão sempre verbos sagrados. Frágeis são todos os momentos verdadeiros.
(A Janis Joplin deixou um grito no meu bolso).
Tanta estrada sem qualquer sentir que nos convide.
mas nunca alguém deixou de pensar que era eu o maior dos maltrapilhos.
mas o perdão entregue é a canção que já não me seduz. Não sei! Juro que não imagino o sangue que me quer oferecer. Ó Deus, mãe de todos os pecados, reza mesmo assim pela malvadez que impregnaste. Meio inteiro - morto aos bocados - vinha de soluços, e o que sobrar salteado alegremente no carrossel das ideias não complicadas.
(O render da guarda, pede urgentemente a mudança de palhaço).
Já não gosto do tempo que me gasta. A mentira já não dorme neste hotel. O lugar que levo ainda se vai lembrando da batoteira astúcia que assinámos, como se outrora fosse unicamente uma lembrança esquecida.
E as balas voavam como se fossem lágrimas de sangue
mas lembra-te que a infâmia já não encontra a minha cabeça.
2025Out_aNTÓNIODEmiRANDA
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quinta-feira, 9 de outubro de 2025
OS OLHOS QUE MOLHAM ESTE JEJUM
& entenda-se isto
como um juramento não solene.
Só quero o que me é devido e mesmo se tal acontecer
não posso prometer que chegará para abraçar
os sonhos que me queimam o acordar.
Estou atento ao beijo do despertador
sempre que ele me sopra um dia diferente.
Kerouac dorme no meio do livro que me embalou.
Ginsberg apagou a luz
& Ferlinghetti aguarda sorridente
o momento para me abraçar
no sono do anjo feliz.
Estou contentemente cansado.
Ousado e com vontade de acordar
sem limpar os olhos
que molham este jejum.
como um juramento não solene.
Só quero o que me é devido e mesmo se tal acontecer
não posso prometer que chegará para abraçar
os sonhos que me queimam o acordar.
Estou atento ao beijo do despertador
sempre que ele me sopra um dia diferente.
Kerouac dorme no meio do livro que me embalou.
Ginsberg apagou a luz
& Ferlinghetti aguarda sorridente
o momento para me abraçar
no sono do anjo feliz.
Estou contentemente cansado.
Ousado e com vontade de acordar
sem limpar os olhos
que molham este jejum.
2017marçoaNTÓNIODEmIRANDA
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FADO DA CHUNGARIA
Se uma gaivota cagasse
na cabeça do Presidente
talvez o povo acordasse
num presente menos indecente
Que perfeito pontapé
o Primeiro levaria
neste momento sem fé
perante tanta chungaria
Quanta plena satisfação
aquele acto nos traria
minha gente está na hora
de mandá-los pregar para outra freguesia
,2024Out_aNTÓNIODEmIRANDA
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domingo, 5 de outubro de 2025
PARA NÃO DIZEREM QUE NÃO FALEI DAS FLORES
Inútil desenhar sonhos pintar sorrisos e evitar olhares.
Lembro-me de tudo o que quero e logo desejo que a memória não fosse senão uma vaga ideia. Olho-me e revejo tempo passado em obrigações fúteis que preenchem o vazio que sou. Não sei remar nesta maré e odeio a teimosia deste barco me leva sempre ao mesmo ancoradouro. Derroto-me com sabores de vitórias e abusivamente optimista, espero. Aguardo dias diferentes emoldurados com flashes de recordações. Fujo. Despeço-me sem partir, chego sem nunca estar presente. Jogo o mesmo jogo num projecto de vida que não passa dum casino (e aviso que o meu cu não é uma slot machine). Sou violado observado controlado analisado etiquetado limitado.
LENTAMENTE
Como se o vento fosse meu amigo, escondo-me em sorrisos de circunstância.
Caminho ao acaso no meio de gente ausente.
Solitário, na paz do jardim das árvores brancas, decoro epitáfios e sorrio lágrimas solidárias às flores de plástico.
Pele & ossos!
Uma mão cheia de tudo a outra cheia de nada. (esta imagem não me é estranha).
Tu, tu que sabes tudo da tristeza do mar,
Tu
Tu que sabes tudo do exílio e dos seus sabores, ajuda-me a encontrar o caminho da amizade verdadeira.
Fecho este lugar sem portas, abraço o cheiro das suas ausências beijo memórias e guardo, guardo secretamente lágrimas de
RAIVA
Perdido nestes passos sem volta,
adio a viagem desejada. Atento á traição das palavras, alheio-me frequentemente do seu significado.
Finjo que ouço mas não esqueço.
Então, acontecem as memórias
que se estendem pelo mar da desilusão.
O OCEANO NÃO CHEGA PARA ME AFOGAR!
Respiro naturalmente o meu próprio nojo.
Sorrio risos cúmplices e cansados
com hálitos de tabaco e álcool.
Hesito sem convicção e não resisto.
Agarro a vontade, pego na caneta
e ritmo palavras ao som do blues
proveniente do teclado.
COMO SE FOSSE POETA...
95.AGO.08,aNTÓNIODEmIRANDA
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quarta-feira, 1 de outubro de 2025
FARSA
Há ainda quem teime em chamar-me
de poeta
…
Nem mesmo deus sabe
como dói a angústia dessa farsa
,2022Out_aNTÓNIODEmIRANDA
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terça-feira, 30 de setembro de 2025
BARCA VELHA
Amantes abandonados
Numa barca velha
Dois copos tombados
Procurando a deriva adormecida,
Tornam o amor absoluto.
Pairámos em ondas
Que absurdamente nos alvejam
Com as setas do cupido.
Há dias mais que perfeitos
Para embalar
A circunstância repetida.
,2016_aNTÓNIODEmIRANDA
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Numa barca velha
Dois copos tombados
Procurando a deriva adormecida,
Tornam o amor absoluto.
Pairámos em ondas
Que absurdamente nos alvejam
Com as setas do cupido.
Há dias mais que perfeitos
Para embalar
A circunstância repetida.
,2016_aNTÓNIODEmIRANDA
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