O nada
O nada é o carteiro vegetal,
a clínica encerrada e misteriosa,
o tacto diluído que repousa,
o gozo do dilúvio universal.
A tarde do estio mineral
que salta envolta no mundo, ela é a fossa
onde tudo sonha, furiosa,
esfumado tudo, eterno sal.
O nada é a ebriedade de estar perdido,
o abandono da geometria,
cisne da fronteira devorada.
Humana pedra, lago convertido
em solidão, a máquina vazia.
Tudo dilucidado: isso é o nada
O nada é o carteiro vegetal,
a clínica encerrada e misteriosa,
o tacto diluído que repousa,
o gozo do dilúvio universal.
A tarde do estio mineral
que salta envolta no mundo, ela é a fossa
onde tudo sonha, furiosa,
esfumado tudo, eterno sal.
O nada é a ebriedade de estar perdido,
o abandono da geometria,
cisne da fronteira devorada.
Humana pedra, lago convertido
em solidão, a máquina vazia.
Tudo dilucidado: isso é o nada
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