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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

CORRE O VENTO NO NOSSO DESENCONTRO


As beatas com os beijos do teu batom, 
deitam-se no lençol onde treme a ausência.
Está inquieta a lembrança, 
pregada na cortina manchada 
pela tua perda.
Acendo lágrimas no calor deste vazio 
que teimosamente bate á porta.
Tenho na voz o comando das angústias, 
embora saiba que há muito deixou de funcionar.
Agarro no manual da extrema-devoção, 
enrolo mais uma esperança, 
enquanto espero que as cinzas 
escrevam na janela 
o teu sorriso.
Corre o vento no nosso desencontro.


,2020abr_aNTÓNIODEmIRANDA

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