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terça-feira, 18 de outubro de 2022

BARBEAMOS A MORTE NA MANHÃ DOS ESPELHOS INOCENTES

 

Sorrisos de sangue enlatado fogem sorrateiramente dos nossos relógios 

No confronto das mentiras 
sentimos o mesmo desespero 
mas as coisas continuam difíceis 
e as noites desleais não deixam de acontecer
 
Desapontamo-nos no correr da maré dos gostos estranhos 
impressos na pele de todas as deserções

Fantasmas desamparados imploram piedade depositando vidas desesperadamente moribundas no altar dos deuses aldrabões

Barbeamos a morte na manhã dos espelhos inocentes


,2022Out_aNTÓNIODEmIRANDA

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