Lembro-me sempre de mim,
por vezes com tempos nada simpáticos,
por vezes com tempos nada simpáticos,
mas quero que saibas
que as horas que tenho para deixar,
cortarão a nudez desta estúpida espera.
Tenho tanto pavor do medo mentiroso que me esconde, que grito no silêncio do chicote roucos lamentos de solidão.
Não há voz que me tire daqui.
Não consigo continuar a caminhar nestes cortes.
Quero fugir.
Deixar de ser parecido com alguém,
mas estas ondas não são de fiar.
Desculpa.
Estou cansado.
Apodrecido na bebedeira
dos desconsolos sem limites.
Que nó me salvará?
,2022Out_aNTÓNIODEmIRANDA
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