Complicamos
Tudo o que não devemos
Até a morte complicamos
Mesmo antes de morrermos
Complicamos a vida
Sem sequer a vivermos
Projectamos o destino
Com teorias banais
Dificultamos o tempo
Que não é nosso
E logo achamos que as horas
São um osso duro de roer
Complicamos o riso
E toda a sua vontade
Abraçamos o medo
E inventamos armas letais
Que não matam a nossa triste realidade
Vemos os filmes dos outros
Com enredos que a fingir
Nos fazem doer
Tudo o que não devemos
Até a morte complicamos
Mesmo antes de morrermos
Complicamos a vida
Sem sequer a vivermos
Projectamos o destino
Com teorias banais
Dificultamos o tempo
Que não é nosso
E logo achamos que as horas
São um osso duro de roer
Complicamos o riso
E toda a sua vontade
Abraçamos o medo
E inventamos armas letais
Que não matam a nossa triste realidade
Vemos os filmes dos outros
Com enredos que a fingir
Nos fazem doer
Rejeitamos
Ignoramos
Qualquer convite à felicidade
Cantando
Celebrarei a morte
Se assim me ajudar
O engenho e a sorte
ago.2010_aNTÓNIODEmIRANDA
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