Dizem-me que é no paraíso que os santos perdem o juízo depois da matiné dançante no Boulevard Saint-Germain.
Eram tardes enlaçadas com figuras de banda desenhada e a poesia nunca tardava e era bebida sem tragos amargos.
Tudo acontecia naqueles passeios, onde cabia toda a gente do mundo.
Éluard sombreava-me a alma com abraços entregues pelo Boris Vian.
Piruetas de bailados curiosos abençoavam palavras que tocavam o céu maior.
Havia no ar um odor de espíritos sintonizados e a bondade ali presente, embebedava de paz a sabedoria que os anjos disponíveis ofereciam sem moeda de troca.
Paris era uma festa e a sua música acariciava a quietude dos clochards.
A margem esquerda do Sena, deitava-me noites contentes e o acordar era lavado com a ajuda de um pedaço de sabão, ali deixado ao acaso.
Viajava incólume pelo meio de sabores sempre novos, e propositadamente virava as costas àquela torre, lambida abusivamente por flashes turísticos de duvidosa classe.
Descia o dia sem nenhuma companhia fingida e nos calcanhares da noite chegada, escrevia poemas para serem lidos pelas estrelas da minha guarida.
E elas contavam-me, é o paraíso o lugar onde os santos, não ganham juízo.
Eram tardes enlaçadas com figuras de banda desenhada e a poesia nunca tardava e era bebida sem tragos amargos.
Tudo acontecia naqueles passeios, onde cabia toda a gente do mundo.
Éluard sombreava-me a alma com abraços entregues pelo Boris Vian.
Piruetas de bailados curiosos abençoavam palavras que tocavam o céu maior.
Havia no ar um odor de espíritos sintonizados e a bondade ali presente, embebedava de paz a sabedoria que os anjos disponíveis ofereciam sem moeda de troca.
Paris era uma festa e a sua música acariciava a quietude dos clochards.
A margem esquerda do Sena, deitava-me noites contentes e o acordar era lavado com a ajuda de um pedaço de sabão, ali deixado ao acaso.
Viajava incólume pelo meio de sabores sempre novos, e propositadamente virava as costas àquela torre, lambida abusivamente por flashes turísticos de duvidosa classe.
Descia o dia sem nenhuma companhia fingida e nos calcanhares da noite chegada, escrevia poemas para serem lidos pelas estrelas da minha guarida.
E elas contavam-me, é o paraíso o lugar onde os santos, não ganham juízo.
2017,jun_aNTÓNIODEmIRANDA
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