Um barco à toa
Capitão bêbado pendurado na proa
Delírio sui generis
Como se fosse Lisboa
E tanto mar tremendo de frio
Num rio cheio de vagas fingidas
Depois veio a maré
Agora é que é
É preciso lubrificar a fé Ida para longe
num voo cúmplice
De gaivotas distraídas
Depois veio o fado
Triste sina sempre fora de prazo
Cantado pelo peixe escondido na ré
Vendido por varinas
Com varizes muito sabidas
Já ninguém ligava ao comandante
Triste farsante
Mentiroso curador de feridas
Consta-se que o comerciante
Deveras preocupado
Dedicou-se ao negócio do congelado
E o anzol desprezado
Converteu-se numa posta independente
Rezam as crónicas como sempre astuciosas
Que os peixes sincronizaram outras rotas
O bom filho à casa torna
Dizia a avó com os pés dentro da dorna
Moral da história:
Seja decente
Preste atenção
Se Beber
Minta Com Moderação
2016,03aNTÓNIODEmIRANDA
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