Pesquisar neste blogue

sábado, 26 de agosto de 2023

A SENHA DA ESPERA

 


É aqui que me acho
na desordem das palavras
que escorrem dos livros.
É aqui que falo
e combino a fuga,
para as asas que me podem salvar.
É aqui, neste silêncio vomitado,
que calco todas as tonalidades do nojo 
que pretende lavar a minha indignação.
É aqui que decoro labirintos
desenho os cenários da contradição
e morro na impossibilidade
habitualmente tentada. 
É aqui, neste alforge desabitado
que debito soluços 
que, 
pensei, 
já não me pertenciam.
É aqui,
que retiro da vida 
a senha da espera.




,2019nov,10_aNTÓNIODEmIRANDA


Sem comentários:

Enviar um comentário