Pessoa está desolado.
Lá na esplanada, pombos que falam outras línguas, sujam-lhe os óculos e ele vê-se fotografado por quem nunca leu um único verso seu.
Pessoa ouve conversas que não lhe dizem respeito e contrafeito enrola segredos espalhando-os nas pedras da calçada.
Pessoa está enjoado.
Está a pensar seriamente em alugar a estátua e a dedicar-se nas horas cada vez mais nauseadas, à venda de raspadinhas usadas.
Pessoa está desnorteado.
Sacode o chapéu , avista o céu que lhe mostra aqueles dias sem futuro que pintam a vida que aos poucos lhe foi doendo.
Pessoa fugiu da Brasileira.
Deixou sentado à mesa um pacato gestor de heterónimos.
Lá na esplanada, pombos que falam outras línguas, sujam-lhe os óculos e ele vê-se fotografado por quem nunca leu um único verso seu.
Pessoa ouve conversas que não lhe dizem respeito e contrafeito enrola segredos espalhando-os nas pedras da calçada.
Pessoa está enjoado.
Está a pensar seriamente em alugar a estátua e a dedicar-se nas horas cada vez mais nauseadas, à venda de raspadinhas usadas.
Pessoa está desnorteado.
Sacode o chapéu , avista o céu que lhe mostra aqueles dias sem futuro que pintam a vida que aos poucos lhe foi doendo.
Pessoa fugiu da Brasileira.
Deixou sentado à mesa um pacato gestor de heterónimos.
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