Tento não me desviar do caminho, mas não encontro o lugar.
Sentado no banco do costume, ´
espreito no Tejo
rios que já não me causam qualquer inveja.
Tenho delírios para ninguém acreditar
e tento vender sonhos com recheio de pastéis de nata.
Nada de novo vem neste comboio sempre atrasado.
A articulação segue dentro de momentos.
Ouço dizer no guichet das informações indignas.
Dou corda à mochila,
componho os laços dos sapatos
e confiro a pressão dos tacões.
Como se me fosse permitido sair desta imprecação.
Atraco no cais sentimental
onde mojitos demasiado caros
pretendem atestar a minha incapacidade.
Apalpo o suco das axilas
num breve instante de autenticidade.
Fujo de mim, não quero estar assim
e deito-me na preia-mar com o escafandro sintonizado.
Amanhã irei mudar a corda.
Desconfio muito destas horas.
2016,08aNTÓNIODEmIRANDA
Recordações de Bukovski, kerouac, Ginsberg? Um pouco light, mas andam por aí. Ou já não?
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