Nem sempre está longe o tempo que perdi.
Certas nuvens mostram um caminho,
Certas nuvens mostram um caminho,
e o vento que as entrega,
nem sempre é enganador.
Resto quieto,
Resto quieto,
nesta curva do jeito cansado,
olho para o lado certo,
mais vezes para o errado,
e, lavro no olhar que me seduz,
beijos lubrificados,
vestidos de sal sem cor.
Longe será sempre o infinito que me abraça.
Passo sem pisar,
Longe será sempre o infinito que me abraça.
Passo sem pisar,
aquilo que me desfaz.
E este andar,
E este andar,
não faz de mim um ingrato,
quando digo que a morte,
poderá ser a estrela da sorte,
escrita com lágrimas passajadas,
que enfeitam este ferro de enganar.
Do lado da espera,
Do lado da espera,
na janela impossível,
a luz desavinda
pousou na palma da minha calma.
Um som tão velho
Um som tão velho
como aquilo que sou,
entregou-me luas com histórias enlatadas.
É certo,
É certo,
que nem sempre estamos atentos,
para ouvir aquela canção tão recordada
na roda dos amigos.
Os tempos são outros,
Os tempos são outros,
com anos cada vez mais pequenos,
os sonhos começam a ficar cansados
das mesmas desculpas,
e uma voz que não quero ouvir,
dita-me memórias ressequidas.
2018Jul_aNTÓNIODEmIRANDA
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