as pregas do teu vestido estampado
com as cores daquele encontro falhado.
Pássaros fogem do teu arbusto
com voos de medo,
gritando palavras de sexo.
Tenho na boca o teu sabor mais íntimo
e um morango na língua que trocámos.
Aqueles gestos tropicais
que escrevemos no colchão,
ficarão para sempre tatuados
na matrícula da nossa presença.
Talvez o amanhã mascarado
deixe passar em branco
os poemas que conversámos.
Há uma certa esperança
que não custa admitir.
Embora o tempo nos aparta
com relógios muito mal consertados.
2017,jul_aNTÓNIODEmIRANDA
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