Abre o robe
Mostra-me o que gosto
Dá-me o teu rosto
Molhado em mim
Em forma de livro
Para eu rasgar.
Deixa-me pintar o teu véu
Acelerar os meus “ses”
Dourar os teus ais
Caminhar
Deitar
Não deixar de gostar.
Na penumbra desta manhã
A minha visão já não é audaz
Mas guarda um pretérito
Tão imperfeito
Que me permite
A ousadia
De quase te amar.
2016,02_aNTÓNIODEmIRANDA
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