que continua pendurada na minha parede,
com o olhar desfocado, ...
é apenas um pó sempre em queda,
memória esquecida,
deitada no chão para um frio sonho.
Apenas te pedi para mostrares que sou o teu amante,
e, dar-te-ei uma peça feita de mim,
para contemplares céus que não são nossos.
Nunca quis ser o complemento da hipótese,
e no entanto há a ilusão latente de beijos
e abraços sedosos,
congelados no tempo dos silêncios.
Eu sou uma sombra enferrujando o gelo,
uma nuvem de ossos dourados
cortados pela raiva da tempestade,
uma premissa deplorável
paga em dízimos emprestados.
Serás tu a minha hiena,
o manto da pobreza gritando no fogo,
toda a lembrança deste exercício
estampado na janela,
sem que haja um só poema.
Usas o meu perfume na pele.
Eu ofereço-te pedras de lua.
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