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quarta-feira, 1 de maio de 2024

COLTRANE

 


Dança no sax um fado 
triste, uma ausência constante 
naquele olhar que só as estrelas 
podem molhar. 
As mãos afagam delírios 
que unicamente 
lhe pertencem. 
Nas esquinas que o conduzem 
a nenhum dos lugares, 
há um som escondido 
no caminhar para o crepúsculo 
dos deuses com alma. 
    No riscado LP, 
        escovo para a memória, 
                                    um pó sagrado.
Gosto!





2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com




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