Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 15 de maio de 2024

CACIFO

 


Era o nada
e nada mais do que o nada 
o que restava de mim.

                    Nada assim acabava
                    deste nada
                    para nada,
                    para princípio sem fim.

E o nada que tardava
fingia a chegada
para um nada
que só fugia de mim.

                            Navega agora
                            naquele mar de ouriços caixeiros.

Esqueceram-se 
da minha tábua
num cacifo sem chave.







2018Mai_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

Sem comentários:

Enviar um comentário