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quarta-feira, 15 de maio de 2024

RAMALLAH

 


40 vezes pensei renascer, só para escrever respostas naquele tapete de veludo azul, onde passavam os filmes da minha ilusão. Chora-se em Jerusalém,  Morre-se em Ramallah, assim como nos outros lugares que também assassinam a esperança. De punho erguido, amaldiçoo a injustiça que me viu crescer. Tanta é a vergonha que me desgosta, e o futuro tão tardio, traça com lâminas a simples possibilidade de pisar um chão que queremos nosso. Só existe o tempo para apanhar o presente da desolação. É feita com pedras a revolta das nossas lágrimas. Mas nunca olhamos a realidade de braços caídos. A nossa vontade tornou-nos imprescindíveis, apesar de sentirmos na alma, que a crueldade da humanidade continua a espalhar a indiferença.








,2017dez_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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