A buzina do peixeiro precisa de ser afinada.
O padeiro mudou de viatura e disso se ressente a qualidade do pão. Faltam passar 2 dos 7 carros para o fluido do trânsito ficar normalizado. A escola há muito que fechou.
A venda também, e os idosos são cada vez menos. A net é demorada.Tão lenta com as horas tocadas no aparelho a imitar o som do sino há muito tempo fugido. Às 5ªs, lá para o final da tarde, há-de chegar a carrinha da carne. Há um ou outro a comprar, que agora esta coisa dos supermercados, abanou e de que maneira, o negócio. O vinho já poucos o bebem. Maldita Coca-Cola! O complexo desportivo dos matraquilhos continua com os jogos adiados. Tem chovido muito pouco e a terra mostra nas suas rugas, a sede que tanto a magoa. A saúde vai faltando cada vez mais, e a médica quando aparece, fala uma língua que não se entende. A requisição dos exames está deitada no gavetão. Custam quase tanto como os remédios, e da vergonha da reforma, nem vale a pena lembrar.
Está-se bem no campo.
Dizem o galo e o gato sem ração.
Está-se bem no campo.
Dizem por aí, aqueles que nunca se deitaram
com a solidão.
,2017ago_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
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