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terça-feira, 30 de abril de 2024

ATILHO

 


Enlaço-me no saco-cama 
onde uma nuvem que há tanto me procura, 
enrosca o colar 
deslizando no fumo um cair que me entorpece. 
Salgo estes momentos com a flor do mar 
e adorno os desejos que me são possíveis. 
Adoço a xícara deste prazer, 
às vezes com açúcares que não me pertencem. 
Deslizo a cãibra numa ausente solução 
e limpo suores refrigerados 
em tépidos pensamentos.
Não sei fazer estas contas e por isso 
enfio-as num atilho para mais tarde desatar. 
Adormeço com algum cuidado 
para a não dormência dos braços.
A luz vai desaparecendo. 
Estou pronto para mais um filme.








Melides,2016,07aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com

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