Que vida é esta quando na morte não pousam flores? Morrer assim depois da história desajeitada, alinhada nos capítulos imperfeitos que não escolhemos? Má sina viver este tempo onde só o ignóbil foi respeitado. Nada sobra desta repulsa com que embrulho a fartura da infelicidade. Nascemos com os pés nus, contemplando a lisonja que nos convence do contrário. Haja quem me queime a calma onde a alma apodrece. Claro que na morte, e contrariando o ditado, nunca seremos iguais. Só o nome da indigência cabe neste cabeçalho. Triste a vida na morte que acabou nesta sorte.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
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