Ossos nas esquinas.
Coletes escondidos.
Cães de palha amansando latidos.
Onde se esconderam os sossegos
sem medos que fintavam a tristeza?
Navegam arrependidos na barca das vidas
não salvadas, e pintam bouquets enlatados
na náusea, que nos traga a alegria.
Um final feliz, fica tão longe do nosso olhar,
e as fintas que consolam a mentira,
enfeitam maldosamente o porta-chaves
da esperança.
Há agora, um silêncio magoado
que dança a noite da solidão.
Está tão áspero este caminho,
sem poetas com fé na esperança q
ue prometeu nunca os abandonar.
Guardam-se numa máquina de escrever,
sem histórias para contar, os abraços
das folhas caídas.
Uma ideia sempre optimista.
Um nó para apertar,
uma constelação constipada,
e, um agradecimento timidamente arrependido.
Alguém vomita poemas contra a própria sombra,
e na bebedeira do desgosto,
implora a urgente significação da sua não
identidade.
Mas, Ele, ocupado como sempre,
deixou uma mensagem no “fuck-mail”.
Os ossos cansados,
albergaram-se numa pilha.
Têm frio!
Puta que pariu a avaria no incinerador!
2018Nov_aNTÓNIODEmIRANDA
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