Tratam de ti como um animal tinhoso.
Ajoelham-te para melhor conferir aquele número que nada vale.
Chamam-te como se fosses alguém.
Enfiam-te no cu a esperança que nunca te ajudará.
Ai!
Que saudade deverias ter da coleira que tanto te amansou.
A ira medrosa abandonou a revolta, a troco de um formulário indecente
que só a miséria prometia.
Navegas ondas de choro.
Cavas lágrimas gritadas num compasso que já não tem dias para ti.
Obedeces a uma conveniência que encharca com morbidade, o lixo em que foste transformado.
Teclas no telemóvel da última geração a morte partilhada na rede social
que aplaude o teu desespero.
Pensa nisso!
Mas,
não percas tempo se não fores capaz.
,2020Out_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário