Há um sangue de côdeas,
e a réstia da esperança
escondida na almofada dos
pesadelos.
Uma conta com saldo duvidoso,
um punhal que estripa migalhas,
um aceno sem fim -
para aquilo que teima em não desaparecer.
Há uma glória de origem falsificada,
um quebra-horas abandonado,
um cubículo semeado de estrelas
que nunca acontecem.
Dentro do meu tempo,
fico indeciso no agitar da bandeira
que me ignora.
Dentro do meu tempo,
cabem os restos do nada
com que me
multipliquei.
Dentro do meu tempo,
há um catavento que singra
gotas de desespero.
2019out_aNTÓNIODEmIRANDA
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