É o nosso dia favorito para o piquenique das confidências.
Olho para o Amadeo e falo-lhe da Vieira que tive nas mãos.
Fita-me abrindo os olhos no meio daquela partida de xadrez, como que a dizer:
és um gajo sortudo.
Relembro a memória
e agarro o repolho vermelho do
Eduardo Luíz.
Há que ter calma.
Só quero saborear aquele verde “pistache” do Mário Botas.
Sorrimos um para o outro.
Gosto da nossa malandragem, aponta ele.
Ok.
Tenho inveja da cozinha de Manhufe, atirei eu, em forma de convite.
Timidamente escondeu-se na viola,
e ofereceu ao céu as cores que lhe faltavam.
Os galgos farejaram o nosso delírio e deitaram-se com o único deus que os soube criar.
Amadeo, saiu da tela, limpou os pés no pincel, e levou a cabeça do Santa-Rita para o passeio das horas sem tempo.
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