1_ oxalá breve, mesmo sem propósito definido, para o que der e vier.
Nem sempre se fecha bem a gaveta, e poderá acontecer que a porta funcional esteja avariada.
Uma síncope de índole cárdio-visional, originalmente ilustrada nos compêndios da necessidade miserável, o espreguiçar do turno da obediência no sopé da nossa banalidade,
são possibilidades inerentes.
2_ lançar de dardos inadaptados à nossa expectativa, será sempre uma hipótese viável, que o lamaçal onde se estruma a vida, de bom grado considerará.
Convém não prometer nada, porque, é bom que se saiba, a mentira já nada mais poderá consertar. Claro que poderemos continuar a imaginar o amor, essa fragrância que lavámos com perfumes comprometedores. Lá fora, na montra do esquecimento, alguém que não nos quer ver, foge sempre cansado para o abrigo dos olhares que ainda choram. Nada disto é connosco, conforta-nos a consciência costumeira, e amanhã na feira da ladra, que estamos constantemente a roubar, alguém, provavelmente um futurista mal informado, irá comprar uma estátua que nada sabe de nós.
A estação do marketing nada nos quer impingir, claro que anuncia este propósito a sorrir, e nos intervalos das promoções, pisca o olho, pina com o gerente, e arfa sorridente. Continuamos a enganar esta gente.
De volta ao espelho,
já não lamentamos
o sorriso mentiroso que nos barbeia.
Há muito que não queremos ouvir a sua voz.
,2018_aNTÓNIODEmIRANDA
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