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Tristes tigres
Sozinhas
na mesa do bar
A
hora enganadora
Champanhe
a fingir
Sorriso
tingido de ausência
Olhares
desesperadamente sós
Mostrando
despudoradamente
Todas
as necessidades
Lábios
exibindo toda a urgência.
Falei
sem conversar
Foram
postas num passador
Todas
as inutilidades propostas.
Às
vezes pretendo ser simpático
Mas
esta é uma utilidade
Com
prazo não programado.
Conversas
da meia noite
Tudo
é possível
Sobretudo
a circunstância da estupidez.
Resta
a fotografia
Para
mais tarde rasgar.
Então
ela disse:
Tem
um ar diferente.
Respondi
com a convicção dormente:
Deve
ser das pedras de gelo.
Não!
Olhou-me
fixamente
Fingindo
um olhar que não mente:
Aquele
poema
Foi
escrito para mim.
Não
me lembro de ter respondido
Mas
pensei :
Gostaria
de não o ter escrito.
,2015, aNTÓNIODEmIRANDA
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