Quando a beleza bate, é justo falar de pétalas doridas, dos despojos da falência total, de todos os desvios sangrentos e da denúncia amarrotada com efeitos aplicados.
Quando a beleza bate, o nosso fabrico próprio não gera uma só qualidade e tem o gosto da eficácia dos incapazes.
Nuances recheadas de presunções imbatíveis enquanto cada minuto fere mais que o anterior.
Quando a beleza bate, leva-nos à próxima paragem onde apanhamos a ternura desnudada para as horas arrendadas que sofremos na escola preparatória dos desejos.
Quando a beleza bate, faz de nós gente sem pés na alma e oferece-nos a vitrificação das lágrimas que agora se refugiam
na avenida da gentileza absurda.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
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