Já não tenho idade para conservar desilusões,
diz-me o vento, que corre a meu lado,
nestas noites iluminadas pelo fim que me absolverá.
A história é uma maleita jamais curada.
Há sempre algo a arder dentro de mim,
neste mal molhado.
Os sinos abandonaram a terra, e, os anjos descontentes, cantam hip-hop no albergue das estrelas tristes.
Dizem em uníssono,
que o céu pode esperar,
mesmo sabendo que é a verdade mais mentirosa.
Os saldos da meia estação
Os saldos da meia estação
oferecem bónus comprados a prestações.
Não acredites nos beijos que escrevo.
Acordo com o teu olhar que lembra
Não acredites nos beijos que escrevo.
Acordo com o teu olhar que lembra
o calor que trocamos.
Enquanto eu imaginava,
Enquanto eu imaginava,
tu adormecias cansada de tantos verbos congelados. Fizemos do desejo um passado sem futuro,
uma nódoa que queimamos,
quando queremos que a memória deixe de nos magoar.
Há quem jure que amar é um passatempo inútil.
Nada nos sobra,
e,
o resto confere isso mesmo.
Melides, 2019jul_aNTÓNIODEmIRANDA
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