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quinta-feira, 6 de julho de 2023

TEMPO ESTE,JÁ ROTO DE ESPERANÇA (de uma conversa do Sr. Alberto)

 


Dizia que não sabia 
o que andava a fazer por aqui. 
Os passos cada vez mais curtos, 
ausentes de qualquer sentido,
encaminhavam-se para os tropeços das lágrimas 
que aconteciam sem dar por isso.
E, na encruzilhada das dificuldades,
fingia esquecer a cortesia do fim.
Sentado no tanque das lamentações
escorria no cabo da enxada,
sorrisos regados com saudades,
que só ele conseguia disfarçar.
Tempo este,
já roto de esperança,
amparado a uma vara
também ela à espera
do mesmo
momento.


,2021Julho_aNTÓNIODEmIRANDA
Vila Chã

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