Vou apanhar ovelhas negras no céu.
As estrelas estão à deriva
nas prateleiras do supermercado.
Desço a rua de costas voltadas para a sorte
e tropeço em azares não sinalizados.
Estranho o que me acontece.
É tão ausente daquilo que me apetece.
Piso pedras de gelo
e à noite enrolo-me num novelo
para que o depois de amanhã
não me arrefeça.
Prendo-me no quarto buraco
do cinto,
apertando rugas que
nem por isso respeito.
E sopro a atracção fatal
de continuar o muito pouco
do que de mim vai ficando
Melides,2016,07aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário