Não me convidem para entrar no meu caixão.
Ainda estou ebriamente sóbrio.
Empenhei atempadamente o bolso que guardava a bomba, cientificamente programada para explodir no primeiro momento da vossa consternação.
Estou sentado na varanda, charuto na boca, ócio de reformado, a coordenar a confusão das estrelas.
Entregam-me notícias que pensei ler.
Esta mania de muitos de quem eu gosto, partirem antes de mim, poderá parecer mórbido, mas no fundo, causa inveja.
No cartão de cidadão, está indicada a verdadeira certeza:
já tens idade para aguentar as possibilidades mais punitivas:
a morte nunca deixará de ser um estranho lugar para viver.
Há um amante nesta história, uma verdade prisioneira clamando a nossa liberdade.
Abrimos a fronteira dos muros escuros, com lamentações chacoteadas no sepulcro mafioso, sem lugar para dizer adeus.
Ainda estou ebriamente sóbrio.
Empenhei atempadamente o bolso que guardava a bomba, cientificamente programada para explodir no primeiro momento da vossa consternação.
Estou sentado na varanda, charuto na boca, ócio de reformado, a coordenar a confusão das estrelas.
Entregam-me notícias que pensei ler.
Esta mania de muitos de quem eu gosto, partirem antes de mim, poderá parecer mórbido, mas no fundo, causa inveja.
No cartão de cidadão, está indicada a verdadeira certeza:
já tens idade para aguentar as possibilidades mais punitivas:
a morte nunca deixará de ser um estranho lugar para viver.
Há um amante nesta história, uma verdade prisioneira clamando a nossa liberdade.
Abrimos a fronteira dos muros escuros, com lamentações chacoteadas no sepulcro mafioso, sem lugar para dizer adeus.
Nada poderá acender a luz daquilo que já partiu.
A traição recomeçará.
A traição recomeçará.
,2020mai_aNTÓNIODEmIRANDA
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