Estava
sentado na esplanada. As melgas não me incomodavam.
Um whisky e o mar como
horizonte.
Chegou á minha mesa, e com um olá abusivamente espanholado,
perguntou se podia sentar-se. Pensei, isto não está a começar da melhor
maneira. Disse que sim. Vou beber um viño. Encolhi os ombros. Isto é
fantástico! Aqui vivo com um euro por dia. Pedi mais um whisky, ele mais um
viño. Bebi 5 whiskies e o jimgromé outros tantos viños. Conversa de trampa.
Pedi a minha conta. Paguei. Ele admirado, então não pagas os meus viños?
Respondi-lhe com vontade de lhe mijar para os pés: ninguém da minha tribo vive
com 1 euro por dia.
No
caminho, lembro-me de pensar: há sempre um monte de merda que espera por nós…
2015melidesaNTÓNIOdemIRANDA
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