Sacudia a extravagância no
teclado do piano.
Naquela noite de `77,
embebedei-me para sempre,
com aquele som que não
queria fugir dos ouvidos.
Na praia de Espinho,
o frio do mar,
continuava o concerto
com notas que tentavam
adormecer o saco-cama.
E, eu, rezava com as estrelas,
privilégios do mais feliz habitante
do império com sentidos.
Queria abraçar aquele anjo com fumo,
e remar nas suas ondas de incenso,
a exactidão da loucura
que há muito procurava.
Taylor entregava abraços
ungidos de liberdade,
e, eu, na maré dos 22 anos,
cavalgava mundos naquela mala.
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
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