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domingo, 26 de fevereiro de 2023

CECYL TAYLOR

 Sacudia a extravagância no 

teclado do piano. 

Naquela noite de `77, 

embebedei-me para sempre, 

com aquele som que não 

queria fugir dos ouvidos. 

Na praia de Espinho, 

o frio do mar, 

continuava o concerto 

com notas que tentavam 

adormecer o saco-cama. 

E, eu, rezava com as estrelas, 

privilégios do mais feliz habitante 

do império com sentidos. 

Queria abraçar aquele anjo com fumo, 

e remar nas suas ondas de incenso, 

a exactidão da loucura 

que há muito procurava. 

Taylor entregava abraços 

ungidos de liberdade, 

e, eu, na maré dos 22 anos, 

cavalgava mundos naquela mala. 

2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA




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