Os abraços fugiram, assim como quem não
quer a coisa,
para o amor disponível.
Nunca te deixarei partir.
Não me importa o paraíso das trombetas douradas, entoando uma homenagem póstuma,
que nada quis saber da nossa pressa.
E, a vida, como todos devem saber,
não passa de um parêntese consumido em comum. Nunca terei pena do que não presta.
Absorvi os teus vestidos,
agora disponíveis, na loja dos corações usados.
Mandei calçar todas as angústias ocasionais. Sopro no teu ventre as flores que não quiseste.
Nada mais me resta para chorar. Prometo regar este sorriso fingido num ritual honestamente silencioso.
Embrulho-te nesta receita suculenta,
achada na sucursal do céu.
,2019Dez_aNTÓNIODEmIRANDA
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