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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

BAILE DO COTONETE

Vou pisando nuvens neste chão
que não me é sagrado,
nem sei agora que pecado devo cometer.
Visto luvas de frenesim nos pés
para não magoar a memória.
Triste ideia marinada em alecrim
que me consola um olfacto constrangido
devolvendo-me santidades de caruncho.
Estou aqui,
onde não me pertenço,
náufrago de um mar de fotografias
que ainda não rasguei.
Continuo os dias
com a infindável esperança
de ser benzido por gotas de chuva
com sabor a Jack Daniel`s.
Vou atrofiando a amnésia
nesta lipoinspiração
escondido na sentina
alegrando as impressões vegetais
do baile do cotonete.


,2017fev_aNTÓNIODEmIRANDA

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