O céu está vazio.
Os anjos vestiram os poetas com asas,
e, agora, libertos das palavras,
sonham outros conceitos
no jardim das pétalas douradas.
Dançam versos nos escombros,
catam-se soluços na sangria desatada.
Um mar de gritos apodrece no sufoco,
do socorro que nunca virá.
Esperanças desmembradas,
em nome da lei sagrada.
Um oceano de punhais,
oferece malgas de sangue para embebedar
a maré do desassossego.
Há um xaile que tenta confortar a penúria, uma latrina de intenções inúteis, uma obsessão maligna para ignorar a miséria.
Derrotamos o sorriso,
e, celebramos eficazmente a nulidade do mundo.
,2020Jun_aNTÓNIODEmIRANDA
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