Este chão que me queima os passos,
passeia abraços sorridentes que roubou.
É um tapete feito com borboletas prisioneiras, que entrega noites para chorar.
Eu, que já perdi o sentido das lágrimas, sinto-o mais duro do que a morte,
mais negro do que o fumo do futuro,
que, pensei tinha enterrado.
Nada lamento nesta ajuda,
queimei a ilusão daquela voz
que dizia para não desistir.
Deitado na peneira do tempo,
amasso sempre que consigo,
o soalho que o diabo pintou.
,2020mai_aNTÓNIODEmIRANDA
Sem comentários:
Enviar um comentário