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segunda-feira, 20 de junho de 2022

DEITADO NA PENEIRA DO TEMPO


Este chão que me queima os passos, 
passeia abraços sorridentes que roubou.

É um tapete feito com borboletas prisioneiras, que entrega noites para chorar.

Eu, que já perdi o sentido das lágrimas, sinto-o mais duro do que a morte, 
mais negro do que o fumo do futuro, 
que, pensei tinha enterrado.

Nada lamento nesta ajuda, 
queimei a ilusão daquela voz 
que dizia para não desistir.

Deitado na peneira do tempo,
amasso sempre que consigo,
o soalho que o diabo pintou.



,2020mai_aNTÓNIODEmIRANDA


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