Tenho o cheiro do desodorizante da tua vida,
nesta mistura amorfa de todas as lágrimas,
e dos muitos medos que afagam a minha cabeça.
Há uma viagem sempre à espreita
nesta mistura amorfa de todas as lágrimas,
e dos muitos medos que afagam a minha cabeça.
Há uma viagem sempre à espreita
da melhor esquina para me alvejar.
Um silêncio de musgo ressequido,
Um silêncio de musgo ressequido,
colado na rouquidão da voz,
já sem pressa para fingir.
Um sonho atrapalhado,
Um sonho atrapalhado,
abraçado a uma tesoura que rasga
bocados frenéticos de angústias desusadas.
Um sabor que me aprisiona,
uma ausência enforcada nos pulsos,
e um odor que infecta abraços.
Um vazio que incomoda o silêncio,
uma dança fugindo à toa,
do distúrbio que quero embrulhar.
Um piano que quebra as mãos,
quando toca na pele sofrida.
Nada tem de estar certo,
Um sabor que me aprisiona,
uma ausência enforcada nos pulsos,
e um odor que infecta abraços.
Um vazio que incomoda o silêncio,
uma dança fugindo à toa,
do distúrbio que quero embrulhar.
Um piano que quebra as mãos,
quando toca na pele sofrida.
Nada tem de estar certo,
neste voo tentado sempre fora do tempo
da esperança mordida.
Há uma oferta constantemente arrependida,
Há uma oferta constantemente arrependida,
um frio para aconchegar a partida.
Onde pára aquele beijo desconhecido,
pintado nos nossos lábios?
Onde pára aquele beijo desconhecido,
pintado nos nossos lábios?
2019jun_aNTÓNIODEmIRANDA
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