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domingo, 2 de abril de 2023

AFRICA BLUES

Às vezes tenho conversas com ele.
Sentados na velha mesa, emborcamos mescal abraçando “Maloyan Devil” tocado por Bob Brozman & Djeli Mousa Diawara.
Puta que pariu esta música.
Não nos deixa sossegados.
Os dias difíceis não têm tempo anunciado para aparecerem.
O céu está a chorar, mas cantarei para ti esta triste canção “Duna Ma Yelema”, nas guitarras dos amigos Boubacar Traoré & Ali Farka Touré.
Sou feliz sempre que posso.
Adormeço com o som da kora na palma da mão.
Adoro-te. Sona Jobarteh, e não tenho vergonha de chorar quando ouço “Mamamuso”.
Que deus te entregou a esta tristeza?
Apetece-me tocar esta saudade.
Leva-me nas tuas asas,” Gnawa Blues”, quero fugir no teu sonho, encher o meu sangue, afundar-me na montanha sagrada, de onde jorra essa música.
Quero um cheiro que perfume esta teimosa alegria. “Mouso teke soma ye”, embebeda-me neste choro que amo!
Agora estou a chorar, a beijar todos os sorrisos, a embrulhar a alma na beleza de
"Majid Bekkas - Daymallah” (African Gnaoua Blues)” .
Quero purificar a vontade.
Encher o bornal com “Ocean Blues Almany
O silêncio é um lugar seguro.
Principalmente quando ouço “Ry Cooder - Feelin' Bad Blues”.



,2019mar_aNTÓNIODEmIRANDA

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