Porque tu choras neste andar bolorento, vestido com as pregas da constante desilusão.
Poderia dizer-te que correu mal este arrendamento, observado pelo mais falso fiador, onde abrigamos soluços que toda a gente fingia não ouvir.
Poderia dizer-te que a vida não tem fato à medida, embora de quando em vez, ocupe o nosso passeio, despeje o seu olhar, como se afagasse a pacífica intenção de uma mínima felicidade.
Poderia falar-te desta fila de atropelos, deste mar de pesadelos que afunda a espera da bonança apetecida.
Poderia escrever-te um itinerário capaz, um cenário previsível, uma sensatez não muito lógica, mas confesso, nada percebo de logaritmos.
Continuo a não gostar de contas com a prova final.
,2017,mai_.aNTÓNIODEmIRANDA
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