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sábado, 22 de abril de 2023

A MENTIRA DAS HORAS CADA VEZ É MAIS CURTA

 


De volta aos meus copos desalinho corpos 
num bailado estranhamente parecido com a minha incoerência.

Volto a página na folha rasgada 
onde estava escrito o convite mofento.

Perco-me neste mal-estar repetidamente 
acontecido.

Só queria um sonho mesmo sem lugar 
um  abraço amigo que não atraiçoasse 
o meu desgosto.

Escondo-me num vaivém sem parança 
sempre disposto  a contrariar a urgência 
da minha identidade.

Até quando?

A mentira das horas cada vez é mais curta.



,2023Abr_aNTÓNIODEmIRANDA

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