encosto da minha solidão,
aqueço as mãos
neste frio de todos os anos,
e esfrego muitas memórias
em coma induzido.
Aparentemente,
só construo ficções,
com verbos manuscritos numa audição
que sempre me foge.
Nada a fazer,
Escreve-me uma aurícula mal disposta,
assiduamente desconfiada,
da inocência ferrugenta,
com que sempre a tento enganar.
Não aplaudo os dias que não me respeitem.
2018Mar_aNTÓNIODEmIRANDA
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