Está tudo agora tão preso neste jardim.
As palavras brincam de pedra em pedra
e regam flores...
num jogo de cabra-cega.
Acedem-se velas
queimando cartas
para incendiar vudus.
Alegres coros
celebram jubileus fora de horas.
Aleluias passeiam de bicicleta
carregando pintassilgos para chilrear
nos caminhos das manhãs perdidas.
Lamentos com a corda na garganta
oferecem gargalhadas embrulhadas
em pacotes de amendoins.
Jura-se um choro eterno
que será ardido
no crepúsculo cristalino
dos dias com encomenda especial.
Aqui não há estranhos.
Simplesmente ninguém
quer ser conhecido.
2016,11aNTÓNIODEmIRANDA
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