Abro a mala e começa a vida.
A utopia nunca apareceu.
Olá colapso celestial!
Imaculada seja a ignorância das ideias cozidas, na cabeça desolada por avenças previamente alojadas nas mais bentas nuvens de medronho.
Cansado de não encontrar a minha natureza
alvejo o homicídio do voo da liberdade enquanto a inteligência acamada na taça dos sortilégios baptiza a idade da inútil aflição.
Adoro este mentir e o seu doudo abraço à tenda das contradições suavemente pornográficas.
MAS, NUNCA VOS PROMETI A AUDÁCIA DA PERFEIÇÃO
Como gostaria de saber as coordenadas
para me sentir um arco-íris!
Cuidado!
Há por aí algumas vertigens
com origem não alucinogénia duvidosa.
Aqui, a matutar no cadafalso das preces desajeitadas,
mais uma vez afirmo:
NUNCA VOS PROMETI A AUDÁCIA DA PERFEIÇÃO
E no abraço que entrega a morte, ao instante do prenúncio sem norte onde caberiam expectativas nunca velhacas,
um feitiço adolescente pendura na cancela da fronteira do absurdo,
abrenúncios penhorados.
CONTUDO, NUNCA VOS PROMETI A AUDÁCIA DA PERFEIÇÃO
Não busco a coerência da lógica
nem admiro elencos instruídos.
Fico-me pelo baile não atrapalhado
dos guerreiros da revolução não conivente.
Devastação crónica.
Panfleto avulso avesso à indigna celebração.
Aterro de fingimento, a desta reputação enlatada.
Fecundo a pompa com furor num esboço de conveniência maltratada.
A hipótese nefasta desenha na insignificância convincente manifestações hostis,
enquanto a mendiga radicalidade anseia por um qualquer perdão falsificado.
Pensaste que absolveste a besta que exibe desavergonhadamente
uma sarna sempre à mão, fatalmente carregada de religiosos propósitos.
Triste ementa te escreveram
.
TODAVIA NUNCA ME PROMETI A AUDÁCIA DA PERFEIÇÃO
2025Fev27_aNTÓNIODEmIRANDA
poemanaalgibeira.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário