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quarta-feira, 13 de março de 2024

DEVO CHORAR MAS NÃO SEI O CAMINHO

 


Não quero molhar a estrada da areia.
O que poderei fazer?
Estrangular o suicídio-queimar a corda-
roer o horário da mentirosa opção-ou soluçar 
no convés de um qualquer fracasso?
A sereia do “maillot” cor-da-tristeza 
desta vez fugirá do pesadelo para abraçar 
o nosso dilúvio.
Na escada rolante erguida para o céu
o vento continuará a fustigar a coragem dos 
covardes.
Um maço de lábios desvairados oferece asas 
do prazer requentado ao maquinista do 8º delírio.
Deitada no leito da falta de respeito 
a paz aguarda a chegada do enviado espacial. 
A reportagem num directo conspurcado 
respeitará as prometidas condolências.
Desapontei-te demasiadas vezes?
Não nasci para o auto conforto.
Tenho sangue chorado nas mais variadas 
maneiras escondidas no saco de veneno 
entregue pelo amor que nem sempre me 
alcançou.
Um e eu nunca seremos o mesmo verbo.
Não é a altura de falar de mim.
Acorrentado neste ramo, 
memórias corroídas tentam saudar 
o desfile do arrependimento


,2024Mar03_aNTÓNIODEmIRANDA


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