Queimam-me as mãos na memória que enviam.
Abafo a ausência nas fotografias, lavada num rio de choros que um bando de estrelas (num voo amistoso) tenta apagar. Mas a saudade gravada nesta teimosa mania de recordar, não deixa.
A fúria escorre sangrenta no magoar das palavras e gestos obscenos em busca dos corações solitários acenam convites com letras ilegíveis.
Nada me foi entregue, escreve à penúria dos dias a vaidade decadente.
O entregador de sonhos pedala uma utopia com o ardor de toda a nostalgia na avenida dos desajeitados desejos. Um semáforo maldizente (mente à memória) nos cartazes da campanha eleitoral.
É tempo de peneirar as más intenções!
Antes que a forca da ilusão acabe com o resto.
É urgente a necessidade de desobedecer e não deixar apodrecer a memória das pessoas realmente válidas.
E, sobretudo, não banalizar a verdadeira importância.
,2024Mar05_aNTÓNIODEmIRANDA
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